Segundo o ministro, a liberação de todas as doses para a primeira fase de aplicação do imunizante acabou provocando a falta da vacina para a segunda dose.
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu nesta segunda-feira (26) que há "dificuldade" no fornecimento de vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac, utilizada contra a Covid-19.
A declaração foi feita em uma sessão da comissão que discute o combate à pandemia no Senado. “Tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Tem sido um pedido de governadores, de prefeitos, porque, se os senhores lembram, cerca de um mês atrás se liberou as segundas doses para que se aplicassem e agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa 2ª dose”, disse Queiroga.
O Instituto Butantan, que produz a vacina, deveria entregar 46 milhões de doses até o fim deste mês. No entanto, haverá um atraso na entrega de cerca de 5 milhões de doses da vacina, que devem ser repassadas ao governo federal em
10 de maio. Isso ocorre por conta de um atraso na importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), que á fabricado na China e é enviado ao Brasil.
Com o atraso nas vacinas, o baixo número de imunizantes produzidos em território nacional, além da falta de importação de outras vacinas, diversos municípios pelo país suspenderam a imunização – inclusive Cajamar.
Há cerca de um mês, em 21 de março, o Ministério da Saúde mudou a orientação e autorizou que todas as vacinas armazenadas pelos estados e municípios para garantir a segunda dose fossem utilizadas imediatamente como primeira dose.