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Brasil

20/05/2020 às 14h33

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Redacao

Cajamar / SP

Ministério divulga protocolo para cloroquina em casos leves de Covid-19
Ministério da Saúde sugere o uso do medicamento contra a doença, apesar de não haver evidências científicas de que eles funcionem. Substância é normalmente usada contra malária e doenças autoimunes, como lúpus.
Ministério divulga protocolo para cloroquina em casos leves de Covid-19
Foto: Reprodução/G1
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) o documento com orientações para que a cloroquina e hidroxicloroquina seja receitada mesmo em casos leves de Covid-19. Até então, os remédios só tinham uso liberado em casos graves e com pacientes hospitalizados.

A mudança era um desejo do presidente Jair Bolsonaro, defensor da cloroquina no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. Não há comprovação científica de que a cloroquina é capaz de curar a Covid-19. Estudos internacionais não encontraram eficácia no remédio e a Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda o uso.

OMS faz alerta

O diretor de emergências da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, disse nesta quarta-feira (20) que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais e que não têm eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. Ele também afirmou que as substâncias só devem ser usadas contra a Covid-19 em ensaios clínicos.

"Todas as nações, particularmente aquelas com autoridades reguladoras, estão em posição de aconselhar seus cidadãos sobre o uso de qualquer droga. Entretanto, sobre a hidroxicloroquina e a cloroquina, que já são licenciadas para muitas doenças, eu diria que, até esse estágio, nem a cloroquina nem a hidroxicloroquina têm sido efetivas no tratamento da Covid-19 ou nas profilaxias contra a infecção pela doença. Na verdade, é o oposto", disse Ryan.

"Muitos avisos foram emitidos por muitas autoridades sobre os efeitos colaterais potenciais das drogas. E muitos países limitaram o uso dela para ensaios clínicos, sob supervisão de médicos em hospitais — especificamente para a Covid-19, por causa de um número de efeitos colaterais potenciais que ocorreram e podem ocorrer. Dito isso, novamente, cabe a cada autoridade nacional avaliar as evidências a favor e contra essa droga", completou.


FONTE: G1

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