Com curva de casos em alta, ministro da Saúde prevê lockdown em alguns lugares do Brasil
Ministro disse que não é a favor ou contra o bloqueio total. Ele afirma que medida será necessária em alguns lugares, mas sua adoção não pode ser generalizada.
Foto: Reprodução/G1
Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil bateu recorde ao confirmar o maior de mortes pelo novo coronavírus em 24 horas. Na quinta-feira (7), o país registrou o total de 135.106 casos confirmados e 9.146 mortes provocadas pela doença.
Diante dos números cada vez mais acentuados, o ministro da Saúde, admitiu pela primeira vez a possibilidade de lockdown nas cidades mais afetadas pelo vírus. Dos 9 estados que, juntos concentram 90% das mortes no país, quatro já anunciaram bloqueio total e o restante cogita adotar a medida.
“Vai ter lugar em que o lockdown é necessário, vai ter lugar em que eu vou poder pensar em flexibilização. O que eu preciso é que a gente pare de tratar isso de uma forma radical, até para que a gente tenha a tranquilidade de poder implementar as medidas em cada lugar do país onde a melhor coisa vai ser feita naquela situação”, afirmou Teich. O ministro pediu para que a polarização e a discussão política sobre o isolamento sejam deixadas de lado nesse momento.
“É importante que a gente discuta as estratégias de acordo com a situação de cada lugar para que a gente não generalize ser a favor ou contra o lockdown. Ele vai ser importante nas cidades em que a situação estiver muito difícil, com incidência alta, alta ocupação de leitos, número crescente de pacientes chegando nos hospitais, infraestrutura que não conseguiu se adaptar”, explicou.
São 10 unidades da federação que já registram mais de 100 mortes: São Paulo (3.045), Rio de Janeiro (1.205), Ceará (848), Pernambuco (803), Amazonas (751), Maranhão (291), Pará (392), Bahia (160), Espírito Santo (145) e Paraná (101). Juntos, esses estados somam 7.741 mortes, ou seja, 90% dos óbitos no Brasil.
Curva acentuada de novos casos no Brasil
Pela primeira vez desde o início da pandemia, o país atingiu o patamar de mais de 10 mil casos confirmados em um único dia. Na quarta-feira (6), o balanço do Ministério da Saúde registrou 10.503 casos, chegando a 125.218. Enquanto a curva dispara em relação ao aumento de casos e mortes, o percentual de pessoas recuperadas diminui. São 51.370 pacientes curados, o que representa 41% do total de infectados. Duas semanas atrás, o índice era de 54%.
FONTE: Correio Braziliense