Fake News: Acusação de que China contaminou máscaras foi inventada por autor de áudio
Especialistas explicam que vírus não sobrevive ao traslado de dias. Além disso, equipamentos têm sido importados pelo Ministério da Saúde para uso por profissionais de saúde; não há distribuição para o público em geral.
Foto: Reprodução/Internet
Nas últimas semanas, circularam nas redes sociais mensagens que dizem que máscaras importadas da China estão sendo distribuídas contaminadas com o novo coronavírus e que, por isso, devem ser evitadas ou, se usadas, precisam ser lavadas com água sanitária.
A alegação é falsa. A portal de notícias Exame entrou em contato com o autor da gravação, que não ofereceu nenhuma evidência de que isso seja verdade. Ele também não citou fontes que corroborassem sua teoria.
A informação falsa se refere às milhões de máscaras compradas pelo Ministério da Saúde na China como parte de um lote de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais de saúde – e não para a população em geral. Governos estaduais também adquiriram equipamentos para médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da saúde.
Ministério da Saúde informou em nota que não há qualquer evidência de nada do exposto na mensagem falsa. “Os vírus geralmente não sobrevivem muito tempo fora do corpo de outros seres vivos, e o tempo de tráfego destes produtos costuma ser de muitos dias”, ressalta.
Um estudo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine aponta que o SARS-CoV-19 (nome oficial do novo coronavírus) pode ser detectado por até 72 horas em superfícies de plástico e até 24 horas em papelão. Os pesquisadores concluíram que a quantidade de vírus cai exponencialmente ao longo do tempo.
FONTE: Exame