No verão, as viroses gastrointestinais são mais comuns e causadas por vírus como rotavírus, norovírus, astrovírus e adenovírus. Viroses, parasitas e a intoxicações alimentares podem causar a gastroenterocolite aguda (GECA).
No verão, receber o diagnóstico de virose é mais comum do que a gente imagina. Isso porque as altas temperaturas e a superlotação das praias podem contribuir para a proliferação de vírus transmitidos pela água e para a contaminação de alimentos, que podem desencadear a chamada gastroenterocolite aguda (GECA).
O problema nada mais é do que uma inflamação que afeta o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso, levando aos recorrentes casos de diarreia, que podem ser acompanhados também por vômito e outros sintomas. Mas cuidados simples podem fazer toda a diferença – tanto na prevenção, quanto no tratamento.
Os vírus são agentes infecciosos que podem atingir diversos órgãos, sendo as viroses gastrointestinais comuns no verão, causadas por vírus como rotavírus, norovírus, astrovírus e adenovírus. Essas viroses provocam sintomas como diarreia, enjoo, vômito, náuseas, febre, mal-estar e, em casos graves, desidratação, que pode se manifestar por boca e olhos secos, diminuição da urina e fraqueza. Não há antivirais específicos para esses vírus, sendo o tratamento focado em hidratação oral ou venosa e medicamentos para a febre, enjoo e vômito. Bebês, crianças pequenas de menos de 5 anos e idosos são mais suscetíveis à desidratação. A transmissão dessas viroses ocorre principalmente através da água contaminada por esgoto, especialmente no verão devido às chuvas intensas. Além disso, o contato com mãos contaminadas e a transmissão por saliva, como em beijos ou pela tosse, também são formas comuns de propagação dos vírus.
O tratamento para viroses gastrointestinais foca na reidratação e no controle dos sintomas. A hidratação começa com líquidos orais como água, água de coco e soro, sendo o soro uma opção eficaz que pode ser feito em casa, mas também é distribuído gratuitamente pelo SUS. Em casos graves, a hidratação venosa pode ser necessária. A alimentação deve ser leve e fácil de digerir, com alimentos como frango desfiado, batata cozida, cenoura e frutas sem casca. Bebês que amamentam devem continuar a receber leite materno, enquanto o leite de vaca é suspenso temporariamente para evitar agravar a diarreia. Além disso, medicamentos para controle de vômito, probióticos e iogurte natural podem ser indicados. A hidratação contínua e o soro gelado ajudam a minimizar os sintomas como náuseas e vômitos.