Apareceram os primeiro sinais de colapso no solo em Maceió.
Em 2018, apareceram os primeiro sinais de colapso no solo em Maceió - capital de Alagoas, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao governo federal, apontou que a exploração em uma região onde existiam falhas geológicas provocaram a instabilidade no solo.
A extração do sal-gema ocorria com autorização do poder público. Inicialmente, operava na cidade a Salgema Indústrias Químicas S/A, que foi substituída pela multinacional Braskem, com atuação no Brasil, EUA, Alemanha e México, é controlada pela Novonor e conta com a Petrobras como uma das acionistas.
Para a exploração do sal-gema foram escavados grandes poços, onde água era injetada na camada de sal, gerando um líquido que posteriormente era transformado no produto final.
No entanto, ao longo de mais de quatro décadas de exploração, parte das minas começaram a vazar, provocando instabilidade e abrindo crateras na cidade.
Uma decisão da Justiça Federal determinou a desocupação de residências na última 5ª feira (30.nov) e autorizou que o Estado use a força policial caso as pessoas resistam a deixar o local. Os moradores relatam que foram retirados à força sob ameaça de prisão. As casas não foram construídas em área de risco. E, segundo as pessoas deslocadas, não há orientação sobre onde procurar abrigo.
Entre os dias 28 e 30 de novembro, o solo nas proximidades da mina que está sob risco de desabar cedeu 1,87 metro, mais de 60 centímetros por dia.
Ao todo, mais de 14 mil imóveis precisaram ser evacuados e 55 mil pessoas foram afetadas pelos afundamentos de terra.