Praça de pedágio na Rodovia Anhanguera, em Perus, ovalor passará de R$ 10,50 para R$ 11,70: reajuste, segundo a Artesp, visa à reposição de perdas inflacionárias.
Depois de adiar o reajuste dos preços dos pedágios nas rodovias paulistas previsto para julho deste ano - quando era candidato à reeleição -, o governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, autorizou um aumento de mais de 10% nos preços dos pedágios, a vigorar a partir da zero hora desta sexta-feira (16). Os novos valores foram publicados na quarta-feira (14) no Diário Oficial do Estado.
A alta média dos valores é de 10,5% a 11,8% e atingem as praças de pedágios da região de Cajamar: na Rodovia Anhanguera (em Perus); na Bandeirantes (Caieiras).
O reajuste caiu como uma bomba, visto que, no período eleitoral, Garcia alegou que a atualização não ocorreria este ano em função das constantes altas no preço dos combustíveis, que já atingia diretamente o bolso dos consumidores.
O aumento varia, dependendo do indexador previsto no contrato de concessão, e vale para as 18 concessionárias de rodovias paulistas. Quem for pegar estrada para viajar de férias ou para as festas de fim de ano precisa incluir no cálculo dos custos a majoração do pedágio.
A Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) informou que o reajuste visa à reposição das perdas inflacionárias ocorridas no período de 12 meses - entre junho de 2021 e maio de 2022.
Com o reajuste, os pedágios das rodovias concedidas no Sistema AnchietaImigrantes, que têm a tarifa mais cara, passam a custar R$ 33,80. Já as mais baratas, as do Rodoanel Leste, passam a ser de R$ 3,30 por trecho.
Impacto para o usuário
De acordo com o economista e coordenador do curso de Economia da Facamp, José Augusto Ruas, a atualização do preço nas praças de pedágios acompanha o índice inflacionário do período de junho de 2021 a maio de 2022, que foi de 11,73%, e o impacto deve atingir dois perfis de usuários.
“O primeiro, refere-se ao usuário dos veículos de passeios. O segundo, àqueles que utilizam a malha rodoviária no segmento de transportes, como ônibus e caminhões. Embora o índice de inflação venha caindo nos últimos meses, estando atualmente em 5,90% , segundo o IPCA, a alta impactará sim no bolso do usuário", comenta.
O motorista deverá sentir mais ou menos o impacto nas finanças de acordo com o número de viagens realizadas a cada período, que pode ser diariamente, semanalmente ou mensalmente. "Quem utiliza a rodovia para o trabalho diário, de maneira regular, vai sentir mais no bolso (no caso dos carros de passeios). Em geral, esse motorista sentirá percentualmente menos do que aquele que realiza o transporte de pessoas e mercadorias", exemplifica.
Para ele, os que atuam no transporte, em geral, terão que se espremer mais para absorver os custos, mas, no final das contas, isso se refletirá no bolso do consumidor. "Esse impacto imediato vai se refletir na inflação subsequente ao longo dos próximos meses. É um custo que, no setor de transportes, reverberase posteriormente. Não é um custo desprezível e deve aparecer mesmo que mais timidamente nos próximos meses".
CONFIRA NOVOS VALORES DAS PRAÇAS DA REGIÃO: CAJAMAR E CAIEIRAS
Anhanguera Perus: de R$ 10,50 para R$ 11,70
Bandeirantes Caieiras: de R$ 10,50 para R$ 11,70