A polícia procura pelo atirador, que segue foragido.
O acusado de executar as vítimas é um Guarda Municipal de Cajamar.
Sônia Maria Marcelina, mãe de Jader Adão, de 35 anos, um dos dois amigos mortos por um agente da Guarda Civil Municipal em Cajamar após um possível desentendimento durante um encontro entre amigos em uma chácara no distrito do Polvilho, afirmou durante o velório do filho realizado na tarde desta quarta-feira (3) que, como mãe, precisa de ajuda para prender o suspeito de matar o filho. A polícia procura pelo atirador, que segue foragido.
Jader foi morto após ser baleado, junto com o amigo de infância, Wellington Rodrigues, de 34 anos. O acusado de executar as vítimas é um Guarda Municipal de Cajamar.
“Não tem mais nem choro para cair daqui [...]. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, é o que também quero saber. Precisamos saber por que ele fez isso. Falam que não houve briga, ele foi lá para matar?”, disse Sônia.
De acordo com testemunhas as vítimas e o suspeito estavam entre amigos em um churrasco regado a muitas bebidas. Vídeos encaminhados à redação do Tribuna Notícia mostram imagens dos amigos bebendo e cantando.
Em determinado momento, sem que houvesse motivos, segundo testemunhas ouvidas pela reportagem o guarda sacou a arma e atirou contra os dois homens. Os tiros foram na cabeça o que indica que o autor estaria praticando uma execução. As vítimas não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
A mãe de Jader, também relatou o medo de o agente agredir outra vítima e a situação se repetir com outra família: “Ele [o filho] não vai voltar mais. Mas esse cara precisa ser preso [...]. Ele é um cidadão para cuidar do município, não para tirar a vida. Como ele tirou a vida do meu filho hoje, amanhã pode ser outro, porque ele não é um cara preparado”.
Fuga
Até o momento, o agente não foi localizado. Equipes da perícia técnica e o delegado responsável ouviram testemunhas que estavam na festa no momento dos tiros.
Prefeitura
A administração informou que o guarda suspeito estava de licença Prêmio, portanto não estava no exercício da função e a arma utilizada era particular. A Corregedoria da Guarda Civil Municipal acompanha o caso, "que será rigorosamente investigado".