Aumento no preço é sentido no bolso do consumidor
A inflação dos últimos dois anos afetou em cheio os produtos da cesta básica, sendo que a de 28 kg está 46% mais cara, de acordo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Só o preço do pacote de café, por exemplo, subiu 56% no período. Já o quilo do açúcar, 51%. O óleo de soja teve aumento de 30% e 12% para o macarrão. O preço do feijão também cresceu 7,77%.
Somente o arroz, que foi o único a baratear nos últimos anos, com queda de 14%, ainda está mais caro que em 2020.
NA CESTA BÁSICA
O levantamento do Instituto apontou que uma cesta básica média, de 14 kg, com custo de R$ 60 há dois anos, hoje está saindo por R$ 80. A alta é de 33%.
Já o modelo maior, de 28 kg, custava R$ 108,90 em 2020. Atualmente, essa cesta básica custa em torno de R$ 160. Com isso, a alta é de 46%.
"Ela é uma base inicial, mas que com certeza vai precisar complementar de alguma maneira para que atenda uma família de três a quatro pessoas de forma satisfatória", afirmou o gerente de mercado Antônio Noventa.
ECONOMIA
Para se ter uma ideia, o reajuste do que ganha a maioria da população brasileira nos últimos dois anos foi de apenas 15%, segundo o IBGE.
Para o economista Diego Galli Alberto, a inflação deve aumentar ainda mais até o final do ano e lembra que a alimentação é apenas um dos gastos básicos de uma família.
"Nossa salário mínimo deveria girar na casa de R$ 5 mil, para que todas as necessidades legítimas de uma família fossem cumpridas. Alimentação, educação, transporte, e porquê não lazer, que é pouco falado? Todos esses itens são primordiais e necessidades básicas de uma família", disse o economista.