Dia Nacional do Doador de Sangue: 1,6% da população é doadora de sangue no Brasil
No Brasil, cerca de 3,3 milhões de pessoas são doadoras de sangue. Isso significa que 16 a cada mil pessoas doam sangue regulamente.
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Nesta segunda-feira (25) é celebrado o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data reforça a importância da doação de sangue e incentiva novos doadores no país. A cada bolsa de sangue doada, quatro vidas podem ser salvas.
No Brasil, cerca de 3,3 milhões de pessoas são doadoras de sangue. Isso significa que 16 a cada mil pessoas doam sangue regulamente, segundo o Ministério da Saúde.
“É importante que a população se conscientize sobre a doação de sangue e se torne um doador regular para que os estoques de sangue tenham sempre uma margem positiva de bolsas coletadas e nunca falte para quem precisa. O processo é rápido e seguro para o doador e pode salvar milhares de vidas. Conheça, converse com quem é doador e procure um hemocentro mais próximo. Seu ato pode mudar uma vida”, disse o coordenador geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Rodolfo Duarte Firmino.
Apesar de estrar dentro do padrão de doação recomendado pela Organização Mundial de Saúde, o Ministério da Saúde trabalha para ampliar o número de doadores, especialmente o de doadores regulares. No Brasil o percentual de doadores é de 1,6% a recomendação da OMS é de pelo menos 1% da população seja doadora.
Dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontam que 42,9% das doações realizadas em 2017 foram de 1ª vez, 42% de repetição e 15% esporádicas. Além disso, a agência divulgou que, nas doações, há a prevalência dos tipos O+ e A+, contabilizando 43% e 30,7% das doações realizadas em 2017, respectivamente.
Até setembro de 2019, 2,4 milhões de bolsas de sangue foram coletadas no Brasil. Levando em consideração que cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas, o quantitativo de doador poderia salvar quase 10 milhões de pessoas, caso houvesse necessidade. A quantidade de bolsas coletadas no mesmo período em 2018 foi igual, 2,4 milhões. Em relação às regiões, o Sudeste foi o que realizou maior número de coletas de janeiro a setembro de 2019, com 1 milhão de bolsas de sangue, seguido pela Região Nordeste (603) mil), Sul (435 mil), Centro-Oeste (211 mil) e Norte (178 mil). O Brasil tem 32 hemocentros coordenadores e mais 2.066 serviços de coleta ligados ao Sistema Único de Saúde.
QUEM PODE DOAR SANGUE
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores (entre 16 e 18 anos) é necessário o consentimento dos responsáveis e entre 60 e 69 anos a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. É preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação, não fumar e não estar de jejum. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
A frequência máxima de doações por ano é 4 vezes para o homem e de 3 doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de 2 meses para os homens e de 3 meses para as mulheres. A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independente de parentesco. “Doe sangue regularmente. Tem sempre alguém precisando de você. Procure o hemocentro mais próximo e seja um doador regular”, reforça o coordenador geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Rodolfo Duarte Firmino.
SEGURANÇA DO SANGUE
Todos os litros de sangue coletados na rede pública de saúde passam por um teste chamado sorologia para identificação de doenças. Além disso, é realizado outro exame, chamado Teste NAT, que reduz a chamada janela imunológica para HIV, Hepatite C e B, tempo em que o vírus já está presente no doador e ainda não é possível sua detecção.
A coleta da bolsa dura cerca de 15 minutos, mas o processo de doação, da triagem até a doação leva em média 40 minutos. A coleta das bolsas de sangue é feita com material descartável, estéril, e de uso clínico.
FONTE: Ministério da Saúde