A bandeira tarifária em novembro de 2019 será vermelha (patamar 1) com custo de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Foto: Reprodução/Arquivo/Agência Brasil
As contas de luz dos consumidores de todo o país terão aumento a partir desta sexta (1). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a bandeira tarifaria da conta de luz para o mês de novembro será a vermelha, no patamar 1, quando há um acréscimo de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. No mês anterior, a bandeira foi a amarela, com o acréscimo de R$ 1. As informação são da Agência Brasil.
Segundo a agência, a decisão de elevar o patamar da bandeira se deve ao fato de que, apesar de novembro ser o mês de início do período chuvoso nas principais bacias hidrográficas do país, o regime de chuvas está abaixo da média história.
“O regime de chuvas regulares nessas regiões tem se revelado significativamente abaixo do padrão histórico. A previsão hidrológica para o mês também aponta vazões afluentes aos principais reservatórios abaixo da média, o que repercute diretamente na capacidade de produção das hidrelétricas, elevando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF)” informou a Aneel.
A Aneel reforçou ainda que a situação aumenta a demanda de acionamento de usinas termelétricas, cujo custo de produção é mais alto, o que incide sobre da energia.
Criado pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
2020
Um consulta pública aberta na última quinta-feira (30), pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o orçamento para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um dos subsídios pagos pelos consumidores de energia, revelou que as contas de luz dos consumidores de todo o país poderão ter um aumento médio de 2,42% em 2020.
A Aneel aprovou um orçamento para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de R$ 22,453 bilhões, um aumento de 11% em relação ao orçamento deste ano, de R$ 20,208 bilhões. Desse montante, a parte paga pelos consumidores teve um aumento de 27% e deve passar de R$ 16,238 bilhões para R$ 20,645 bilhões. A agência disse que esse incremento para 2020 foi ocasionado pelo acréscimo nos custos da Contrato de Compra de Energia (CCC), que teve um aumento de 20% e ficou em R$ 7,586 bilhões.
Esse valor final do orçamento da CDE depende ainda de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou a retirada da CDE de custos de subsídios que não estejam diretamente relacionados as políticas públicas do setor elétrico.
FONTE: Agência Brasil