Entenda a diferença entre terceira dose e dose de reforço das vacinas contra a Covid-19
A dose de reforço não é a mesma coisa que a terceira dose, e ambas têm papéis diferentes no combate à pandemia de Covid-19.
Foto: SECOM/GESP/Divulgação
Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o significado de dose de reforço e terceira dose. Mas uma coisa precisa ficar clara: dose de reforço é bem diferente de terceira dose.
A terceira dose é quando uma pessoa toma três doses de um mesmo tipo de vacina. No reforço, a composição do imunizante contra a Covid-19 não deve ser a mesma, mas uma atualização feita a partir das novas variantes em circulação do coronavírus, como acontece todo ano com a vacina da gripe, atualizada com as novas mutações do vírus.
Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou o cronograma de aplicação da terceira dose no Brasil. Segundo o ministério, a aplicação começará em 15 de setembro e será feita em todos os idosos acima de 70 anos, que completaram o ciclo vacinal há 6 meses e imunossuprimidos que tomaram a segunda dose (ou dose única) há pelo menos 28 dias.
De acordo com a pasta, o reforço vale para quem tomou qualquer vacina contra a Covid-19 no Brasil e será realizado, preferencialmente, com uma dose da Pfizer/BioNTech. Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou Astazeneca.
Ainda nesta semana, o governo de São Paulo anunciou a ampliação da campanha contra a Covid-19 com a terceira dose da vacina para idosos com 60 anos ou mais a partir do dia 6 de setembro.
A extensão da campanha foi avalizada pelo Comitê Científico de São Paulo. O objetivo principal é garantir proteção adicional à população mais vulnerável a variantes mais contagiosas do coronavírus, como a delta.
É seguro aplicar a terceira dose?
Os estudos feitos até agora vêm apontando que é seguro aplicar a terceira dose. Imunologistas e médicos infectologistas destacam que o sistema imune está acostumado a lidar com diferentes estímulos no dia a dia, o que inclui vacinas.
Tomar a terceira dose protege mais?
Há cada vez mais estudos apontando que a terceira dose pode ser benéfica, sobretudo na geração de anticorpos. A terceira dose da vacina da Pfizer aumenta em até seis vezes o número dessa proteína de defesa entre idosos acima dos 60 anos e comparação a quem recebeu duas aplicações, mediu estudo de Israel, por exemplo.