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Saúde

05/08/2021 às 13h43

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Governo de SP suspende temporariamente início da vacinação dos adolescentes
A medida veio após a gestão paulista acusar o governo federal de enviar um lote 50% menor de doses da Pfizer.
Governo de SP suspende temporariamente início da vacinação dos adolescentes
Foto: Divulgação/SECOM/GESP
O governo de São Paulo anunciou no início da tarde desta quarta-feira (5) que a data do início da vacinação contra a Covid-19 para adolescentes no estado fica "em aberto" até que o repasse das doses da vacina Pfizer pelo Ministério da Saúde seja regularizado.

A Pfizer é a única vacina contra a Covid-19 autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em adolescentes, até o momento.

Na quarta-feira (5), a gestão paulista afirmou que foram repassadas 228 mil doses de um total de 456 mil a que o São Paulo teria direito, de acordo com a divisão proporcional entre os estados.

Segundo a gestão estadual, as doses recebidas seriam 50% do total que o estado deveria ter recebido referente ao Programa Nacional de Imunização (PNI). O estado de São Paulo, devido à sua população, recebe cerca de 22% das doses do PNI.

“O Plano Estadual de Imunização definiu o início da vacinação dos adolescentes com comorbidades, com deficiências, gestantes e puérperas no dia 18 de agosto. A vacinação destes adolescentes nesta data está em aberto até que o Ministério da Saúde regularize esta situação e garanta a continuidade dos envios de doses na proporcionalidade que vem sendo praticada até aqui”, destacou o Secretário Executivo da Secretaria de Saúde, Eduardo Ribeiro.

Na terça-feira (3), a Secretaria da Saúde enviou ofício ao Ministério da Saúde pedindo para que mais 228 mil doses do imunizante fossem entregues em prazo de até 24 horas, mas isso não aconteceu.

A decisão do Ministério da Saúde não foi informada com antecedência ao Governo de São Paulo e coloca em risco a proteção de 228 mil pessoas que deveriam ter acesso a vacinas da Pfizer nos municípios paulistas.

O que diz o Ministério da Saúde

No fim da tarde de quarta-feira, 4, o Ministério da Saúde convocou uma coletiva de imprensa para explicar o que tinha ocorrido. De acordo com o secretário executivo da pasta, Rodrigo Moreira da Cruz, nenhum estado tem uma cota fixa de vacinas.

Cada distribuição é feita levando em conta o grupo que é vacinado naquele período e que este valor é acordado em reunião conjunta com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.



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