Doria afirma que Ministério da Saúde entregou só metade de lote de vacinas da Pfizer previsto para o estado
Segundo o governador, 228 mil doses a menos foram entregues, o que pode prejudicar calendário de imunização no estado.
Foto: Divulgação/SECOM/GESP
O governador João Doria afirmou nesta quarta-feira (4) que o Ministério da Saúde deixou de entregar doses de vacinas da Pfizer contra Covid-19 ao estado de São Paulo. Conforme ele, a carga deveria ter sido entregue na terça-feira (3).
Segundo a gestão estadual, foram repassadas 228 mil doses a menos do que São Paulo teria direito na divisão proporcional das vacinas entre os estados de acordo com o tamanho da população, o que pode comprometer o calendário de imunização já anunciado, especialmente para a vacinação de adolescentes.
As doses recebidas seriam 50% do total que o estado deveria ter recebido referente ao Programa Nacional de Imunização (PNI). O estado de São Paulo, devido à sua população, recebe cerca de 22% das doses do PNI.
“A quantidade foi reduzida à metade sem nenhuma justificativa. Foi uma decisão arbitrária do Ministério da Saúde que representa a quebra do pacto federativo. O governo federal decidiu punir quem fez o certo com menos vacinas. E, com isso, o governo federal compromete o calendário de vacinação de crianças e adolescentes”, afirmou Doria.
CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO PODE SER AFETADO
A diminuição no repasse de doses da Pfizer para o estado de São Paulo pode afetar a vacinação de adolescentes, prevista para ter início em 18 de agosto. Até o momento, apenas a vacina desta fabricante tem autorização para uso em pessoas de 12 a 17 anos no Brasil.
Diante da situação, a Secretaria de Saúde de São Paulo enviou nesta quarta-feira (4) um ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no qual pede o envio imediato das doses restantes. No documento, o estado afirma que só foram enviadas a São Paulo 10% das doses do PNI, em vez das 22% que seriam reservadas ao estado.
A pasta pede o envio das doses restantes – 228.150 mil – em até 24 horas, “considerando a relevância e urgência que a matéria se reveste a fim de evitar prejuízos a população”.
