Ministério da Saúde decide reduzir intervalo entre doses de vacina da Pfizer de 3 meses para 21 dias
A decisão de reduzir o intervalo entre as doses da vacina tem como objetivo conter o avanço da variante indiana do coronavírus, a Delta.
A data para a mudança na aplicação ainda será definida pelo Ministério da Saúde - Foto: Divulgação/Secom/GESP
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga informou em entrevista a
Folha de S. Paulo, que o intervalo entre as duas doses da vacina da Pfizer pode ser reduzido de 90 para 21 dias.
A decisão de reduzir o intervalo entre as doses da vacina tem como objetivo conter o avanço da variante indiana do coronavírus, a Delta. Pesquisa do laboratório francês Pasteur indica que a primeira dose da Pfizer tem uma proteção de apenas 10% contra a variante. Por outro lado, com as duas doses tomadas, a taxa sobe para 95%.
O prazo de 21 dias é o previsto na bula do imunizante, mas a pasta decidiu ampliá-lo para imunizar mais pessoas com a primeira dose em um período de tempo menor. Segundo Queiroga, a decisão também foi motivada pela incerteza sobre a quantidade de doses que o país receberia neste ano.
“Naquele momento, não tínhamos certeza da quantidade de doses de Pfizer que receberíamos neste ano e optamos por ampliar o número de vacinados com a primeira dose. Mas agora temos segurança nas entregas e dependemos apenas da finalização do estudo da logística de distribuição interna dos imunizantes para bater o martelo sobre a redução do intervalo da Pfizer para 21 dias”, assinalou o titular da Saúde.
Em entrevista à
CNN Brasil, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a data para a mudança ainda será definida. “A gente está só vendo com CONASS e CONASEMS, na tripartite, para gente ver qual é a melhor data para diminuir o prazo de 3 meses para 21 dias” afirmou.
O laboratório também está sendo ouvido para a decisão considerar o abastecimento e os cronogramas de chegada e de distribuição.