Vacina contra Covid-19 não garante imunização total, mas diminui drasticamente internações e mortes. Mesmo após vacinação, uso de máscara e distanciamento social precisam ser mantidos.
Foto: Divulgação/Governo de São Paulo
Casos de pessoas que contraíram a Covid-19 mesmo após receber as duas doses da vacina vêm causando dúvidas acerca da efetividade dos imunizantes contra o novo coronavírus.
Médicos e especialistas alertam que é sim possível contrair e transmitir a doença, mesmo após 14 dias da aplicação da segunda dose, quando se completa o ciclo de imunização.
Isso ocorre porque nenhum imunizante disponível no mundo atualmente tem eficácia de 100% contra o vírus, as vacinas disponíveis protegem principalmente contra o desenvolvimento de formas graves da doença.
Um estudo sobre a CoronaVac, por exemplo, feito pelo Ministério da Saúde do Chile, apontou que ela é 67% efetiva na prevenção da infecção sintomática pela doença; 85% para prevenir internações e de 80% na prevenção de mortes pela Covid-19. Já duas doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 podem ter cerca de 85% a 90% de efetividade contra o desenvolvimento da doença, segundo a Public Health England (PHE).
Além do tipo do imunizante, especialistas explicam que o principal fator que irá determinar o nível de proteção é o próprio organismo do paciente. Geralmente, as mortes de pessoas que já completaram o ciclo de imunização – duas doses da vacina
– têm relação com outras doenças e/ou comorbidades existentes antes do diagnóstico da doença. Isso ocorre porque pessoas com comorbidades costumam ter o sistema imunológico mais debilitado.
A vacina não impede a circulação do vírus Sars-Cov-2. Quem já se vacinou, mesmo que protegida e não desenvolva a doença, ainda pode carregar o vírus e transmiti-lo para uma pessoa que não tenha sido imunizada. Por isso usar a máscara e manter todos os cuidados é muito importante.