Comerciantes agem nos grandes centros das capitais e via redes sociais. Os valores para conseguir furar a fila da vacina podem chegar até R$ 400.
Foto: Tatiana Santiago/G1
Com a inclusão de pessoas que possuem comorbidades no grupo prioritários da campanha de vacinação contra a Covid-19, grupos especializados em falsificar atestados médicos têm comercializado documentos fraudados para pessoas que buscam furar a fila de imunização.
Conforme reportagem do
G1, para ter acesso ao documento falso basta circular pelas ruas da região para ser abordado por plaqueiros, que são os intermediários. Eles chamam os pedestres para oferecer fotos 3x4 e cópias de xerox. Os valores para conseguir furar a fila da vacina podem chegar até R$ 400 pelo kit completo, dependendo do que foi solicitado.
E a situação se repete em outros estados do país. As negociações ocorrem nos centros das grandes capitais, entre os transeuntes, ou por meio de aplicativos de conversas, nos quais técnicas são usadas para que o cliente não suma sem pagar.
Na quinta-feira (27), um médico e o dono de uma clínica no Rio de Janeiro, foram presos em flagrante por policiais da Delegacia de Defraudações da Polícia Civil. Segundo a investigação, os dois são suspeitos de vender atestados falsos de comorbidades para vacinação contra a Covid. Segundo a polícia, ficou constatado que eles vendiam o atestado falso por R$ 20.
Há pelo menos dois crimes cometidos por quem produz ou comercializa atestados falsos: o de falsificação de documentação particular e o de falsidade ideológica.
A ilegalidade também é cometida por quem compra o documento para tentar antecipar o recebimento da vacina. Os vendedores e compradores podem responder pelo crime de falsidade ideológica.