Desemprego sobe para 14,7% no 1º trimestre e atinge recorde de 14,8 milhões de pessoas
É a maior taxa e o maior contingente de desocupados já registrado pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,7% no primeiro trimestre deste ano e atingiu 14,8 milhões de pessoas, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (27). É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.
O resultado representa uma alta de 6,3%, ou de mais 880 mil pessoas na fila por uma vaga de trabalho no país, na comparação com 4º trimestre de 2020. Em 1 ano, 1,956 milhão de pessoas entraram nas estatísticas do desemprego.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego estava em 14,4%, atingindo 14,4 milhões de brasileiros.
Número de desalentados bate recorde
A população desalentada (quem desistiu de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho) também atingiu patamar recorde, reunindo 6 milhões de pessoas, ficando estável frente ao trimestre móvel anterior e crescendo 25,1% ante o mesmo período de 2020. O percentual de desalentados na força de trabalho foi de 5,6%.
Informalidade fica estável
A taxa de informalidade foi de 39,6% no primeiro trimestre deste ano, o que equivale a 34 milhões de pessoas, ficando estável em relação ao trimestre anterior (39,5%). Os informais são os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração.
Outros pontos da pesquisa
– Em três meses, número de desempregados aumentou em 880 mil pessoas;
– Em 1 ano, houve redução de 6,6 milhões de postos de trabalho no país;
– Categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu (um acréscimo de 565 mil em 3 meses);
– Desemprego entre as mulheres atingiu recorde de 17,9%, enquanto que entre os homens a taxa foi de 12,2%;