A suspensão parcial significa que pessoas de uma ou mais faixas etárias não conseguem tomar a 2ª dose da CoronaVac nesse momento. Mais de mil idosos não receberam o reforço do imunizante em Cajamar.
Foto: Carl de Souza/AFP
A aplicação da 2ª dose da CoronaVac segue suspensa em cidades do estado de São Paulo. De acordo com um novo levantamento feito pela
GloboNews, ao menos 30 municípios do estado estão sem o imunizante para a aplicação nos grupos prioritários.
Por conta dessa suspensão parcial, uma ou duas faixas etárias dos grupos prioritários não conseguiram tomaram a segunda dose da CoronaVac.
De acordo com o levantamento, as regiões de Presidente Prudente e Campinas são as mais afetadas, com quase 20 municípios sem o imunizante para a aplicação nos grupos prioritários. Já na região da Grande São Paulo, Cajamar e São Lourenço da Serra estão sem doses suficientes para dar prosseguimento ao calendário de vacinação.
Situação em Cajamar
Desde o dia 21 de abril, Cajamar está com a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 suspensa. A prefeitura publicou um
comunicado relatando a situação, alegando o atraso no envio de novos lotes da vacina para o município.
Além disso, segundo a prefeitura, a falta de vacinas ocorreu porque, segundo a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde seguiu a orientação do Ministério da Saúde – para que as vacinas não fossem estocadas. O objetivo era aumentar o número de primeiras doses aplicadas.
Ao todo, 1.367 idosos não receberam a segunda dose do imunizante em Cajamar.
Segundo a Prefeitura de Cajamar, assim que for restabelecido o envio das doses, a Secretaria de Saúde entrará em contato com as pessoas que estão com a segunda dose pendente para fazer o agendamento.
O que diz o Governo Estadual
Em entrevista à GloboNews, o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que a falta de vacina para aplicação da segunda dose é resultado de um "erro de estratégia" das prefeituras, que não seguiram a recomendação de reservar os lotes para garantir a imunização completa dos públicos-alvo.
"É importante reforçar um erro de estratégia, que é o não seguimento das orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde. Em primeiro lugar, sempre mandávamos as doses separadas em primeira e segunda, e falávamos: "olha, guarde a segunda". Excepcionalmente, em 21 de março, o Ministério autorizou que a primeira e a segunda dose poderiam ser utilizadas. Excepcionalmente para aquele lote. As demais deveriam conservar a segunda dose. Foi isso que vários estados não fizeram e infelizmente alguns municípios", afirmou o secretário à GloboNews.
FONTE: Com informações, G1