O novo boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (23), aponta uma progressão do ‘rejuvenescimento’ da pandemia da Covid-19 no Brasil. Os dados mostram que a faixa etária de 20 a 29 anos foi a que registrou maior aumento de mortes pela doença e entre 40 e 49 anos houve o maior crescimento do número de casos na comparação entre o verificado no começo do ano e os dados coletados nas duas primeiras semanas do mês.

Crescimento ao longo do ano

Considerando todas as faixas etárias ao longo do ano, desde a semana epidemiológica 1 (03/1 a 09/1) até a semana 15, o aumento global foi de 642,80% para os casos de Covid e 429,47% para as mortes.

Veja os percentuais por faixa etária:

• 20 a 29 anos - 745,67% (casos) e 1.081,82% (óbitos)
• 30 a 39 anos - 1.103,49% (casos) e 818,60% (óbitos)
• 40 a 49 anos - 1.173,75% (casos) e 933,33% (óbitos)
• 50 a 59 anos - 1.082,69% (casos) e 845,21% (óbitos)
• 60 a 69 anos - 747,65% (casos) e 571,52% (óbitos)

O boletim voltou a alertar que houve novo aumento na taxa de letalidade. Segundo os pesquisadores, o índice se mantinha em 2% até o início do ano, subiu para 3% em março e, nas duas últimas semanas epidemiológicas, alcançou 4,5%. As maiores taxas de letalidade foram observadas no Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%).

Ocupação de leitos

Segundo o boletim da Fiocruz, é possível observar uma tendência de redução das taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) em diversos estados, mas elas se mantêm, em geral, em níveis muito elevados.