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15/04/2021 às 10h25 - atualizada em 15/04/2021 às 15h10

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Governo de SP cobra Ministério da Saúde envio de medicamentos do 'kit intubação'
Governo paulista diz ter enviado nove ofícios relatando risco de desabastecimento em mais de 600 hospitais. Remédios são necessários para tratamento de pacientes na UTI em estado grave de Covid-19.
Governo de SP cobra Ministério da Saúde envio de medicamentos do 'kit intubação'
Foto: Miguel Schincariol / AFP
O governo de São Paulo diz ter enviado nove ofícios, ao longo de 40 dias, relatando risco de desabastecimento do ‘kit intubação’ em mais de 600 hospitais e solicitando o envio dos medicamentos para o estado, anunciou o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (14), no Instituto Butantan.

O kit é composto por sedativos e neurobloqueadores, que são usados para relaxar a musculatura, a caixa torácica e ajudam os pacientes permanecer com ventilação mecânica e a suportá-la.

Segundo Gorinchteyn, o último documento foi enviado ao ministério nesta terça-feira (13). A gestão estadual busca repor o atual estoque da medicação, atualmente suficiente para alguns dias, de acordo com o secretário.

No documento, Gorinchteyn diz que o Ministério da Saúde manteve o estado de São Paulo sem fornecimento de medicamentos por 6 meses, que não esclarece qual o critério adotado para distribuição, e que a pasta “não atuou e não atua como coordenadora nacional do SUS, abandonando os demais entes federativos à própria sorte, criando um cenário de quase caos na disputa por medicamentos do ‘kit intubação’".

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde reforçou que a última entrega do governo federal para São Paulo ocorreu no final de março, com 6% do que é preciso para atender a demanda mensal da rede pública do estado.

Ainda na terça-feira (13), o governador João Doria afirmou que vai recorrer ao exterior para fazer uma compra emergencial dos kits.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que aguarda para esta quinta-feira (15) a chegada de 2,3 milhões de medicamentos para intubação. "Os insumos foram doados por um grupo de empresas formado pela Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen. Os medicamentos saíram da China nesta quarta-feira (14). Assim que chegarem ao Brasil serão distribuídos imediatamente aos estados com estoques críticos."


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