Imunizante demonstrou efetividade de 50% após 14 dias da primeira dose. Estudo foi feito por pesquisadores de instituições nacionais e internacionais e servidores das secretarias da Saúde de Manaus e São Paulo.
Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF
Um estudo feito com mais de 67 mil profissionais de saúde de Manaus aponta que a vacina CoronaVac tem 50% de eficácia contra P.1, variante brasileira do coronavírus identificada pela primeira vez na capital do Amazonas. Segundo os dados preliminares, a efetividade foi confirmada 14 dias após a primeira dose.
A análise foi feita pelo grupo Vebra Covid-19, que estuda a eficácia das vacinas contra a doença no Brasil, reúne pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, além de servidores da Secretaria de Saúde do Amazonas, Secretaria de Saúde de São Paulo, Secretaria de Saúde de Manaus e Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O estudo é o primeiro a avaliar a efetividade do imunizante em um local onde a variante P.1 é predominante.
A eficácia de 50% se refere a casos sintomáticos da doença. Ainda não há informações sobre a efetividade da vacina após 14 dias da segunda dose. Mais detalhes sobre a pesquisa serão apresentados na tarde desta quarta-feira (7) e o artigo científico com os resultados deve ser publicado até o próximo sábado.
O grupo responsável pelo estudo disse que os resultados são encorajadores e apoiam o uso da vacina. Os pesquisadores afirmam que também vão analisar a efetividade da CoronaVac e da vacina de Oxford/AstraZeneca em idosos nas cidades de Manaus e Campo Grande e no Estado de São Paulo.
Outro estudo recente de imunogenicidade feito no Chile com 190 pessoas mostrou que os vacinados com a CoronaVac geram anticorpos necessários para combater o coronavírus, mas em baixa quantidade. Esses dados abriram a possibilidade de a vacina ser menos eficaz contra as novas variantes.