O número de mortes de pacientes com Covid-19 que aguardavam por um leito de UTI não para de crescer na região. A Grande São Paulo registrou na segunda-feira (29), 50 novos óbitos de pacientes à espera de uma vaga na Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross).

Na região metropolitana, a situação é mais grave em Franco da Rocha. Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, na segunda-feira (29), foram registrados dois óbitos de pacientes que aguardavam transferência para leitos de UTI. O município já soma 42 mortes de pessoas à espera de leitos pelo sistema Cross.

Ainda de acordo com os dados de segunda-feira, a taxa de ocupação dos leitos regionais de UTI é de 97,5% e o Hospital de Campanha está operando com 89% da sua taxa de ocupação, com 43 pacientes internados no local. Ao todo, 13 pacientes aguardavam por uma transferência para um leito de UTI.

Em Francisco Morato o cenário é parecido, até a segunda-feira a cidade registrava 27 mortes de pacientes na fila por leitos de UTI. A ocupação de leitos é alarmante, o Hospital de Campanha registra 88,57% de ocupação, os leitos de enfermaria regional também atingiram 88% de ocupação. A situação é mais grave no Hospital Lacaz, onde a taxa de ocupação chegou a 100% nos leitos de UTI.

Os dados mostram ainda que nos leitos de UTI regional, a ocupação atingiu 100% na rede estadual e privada. Na rede municipal a taxa de ocupação é de 92,9%. A cidade tem 17 pacientes aguardando transferência para um leito de UTI via Cross.

Caieiras também aparece na lista de municípios com registro de mortes de pacientes que aguardavam de UTI. No total, 16 pacientes morreram à espera da transferência via Cross. A taxa de ocupação regional de leitos de enfermaria é 88,5% e de UTI chegou 97,5%, segundo os dados divulgados na segunda-feira (29).