Trata-se de uma etapa ainda mais restritiva do que a atual fase vermelha, com mais restrições na atividade econômica.
Prefeitura fiscalizará comércios que desrrespeitarem as regras dos Plano São Paulo - Foto: Arquivo
O governador João Doria (PSDB) anunciou novas medidas de restrição para tentar frear o avanço da pandemia. O Estado de São Paulo entrará na “fase emergencial” do Plano São Paulo entre 15 a 30 de março.
Trata-se de uma etapa ainda mais restritiva do que a atual fase vermelha e ela começa a valer na próxima segunda-feira. Um estudo aponta que essas novas medidas colocarão mais 4 milhões de pessoas em restrições, já que um dos objetivos é aumentar para mais de 50% o índice de isolamento no Estado.
O Centro de Contingência de combate à Covid-19 ressaltou que esse é o momento mais crítico da pandemia no Estado e no Brasil. A taxa de ocupação de UTIs no Estado é de 87,6%. Há 1.065 pacientes aguardando no Sistema de Regulação Estadual de vagas.
Entenda o que muda:
Restrição completa do serviço de retirada em qualquer tipo de estabelecimento, sendo permitido somente o drive-thru e delivery;
Fechamento de lojas de construção;Suspensão das três divisões do Campeonato Paulista e de todas atividades esportivas coletivas;
Atividades religiosas coletivas, como cultos e missas, não poderão ocorrer no Estado de São Paulo – templos podem ficar abertos;Home office obrigatório para atividades administrativas em órgãos públicos, escritórios e qualquer setor que não seja essencial;
As escolas públicas da rede estadual seguirão abertas apenas para distribuição de alimentação, material e chips, com agendamento prévio. Os recessos de abril e outubro serão antecipados para 15 a 28 de março, sem prejuízo do calendário escolar;
As escolas da rede municipal e particular estão autorizadas a funcionar, mas o Estado solicita que as atividades sejam reduzidas ao mínimo possível para diminuir a circulação de pessoas.
Haverá toque de recolher das 20h às 5h e o governo paulista pede que as pessoas não saiam de casa depois desse horário a não ser que seja realmente necessário.
O Estado também sugeriu um escalonamento de horários para os funcionários de serviços essencial, acordo com o tipo de atividade. A sugestão é para que trabalhadores da indústria iniciem suas jornadas entre 5h e 7h; de serviços, das 7h às 9h; e do comércio, das 9h às 11h.
"É uma decisão impopular e dura. Entendo o sofrimento de todos, é difícil não poder sair para trabalhar e garantir o sustento da família. Mas só há duas medidas para conter o vírus: a vacina e o distanciamento social”, disse o governador.