O Remdesivir é um medicamento intravenoso que age impedindo a replicação viral. É o primeiro medicamento aprovado para uso em pacientes hospitalizados.
Foto: Ulrich Perrey/Reuters
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12), o registro do primeiro medicamento de pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral Remdesivir.
O Remdesivir é produzido pela biofarmaceutica Gilead Sciences e trata-se de um medicamento sintético usado de forma intravenosa (injetado na veia). Ele age impedindo a replicação viral.
Um estudo usado pela Anvisa para autorizar a liberação apontou que os pacientes que tomaram o medicamento se recuperaram mais rapidamente que os demais: os que receberam o remdesivir tiveram melhora clínica em 10 dias, enquanto que os que não receberam a terapia tiveram melhora em 15 dias.
Nos estudos, nenhum dos pacientes que utilizou o antiviral morreu. Entre os efeitos adversos, foi observado, em alguns casos, toxidade no rim. O tratamento com o remdesivir deve ser utilizado no mínimo 5 dias e no máximo 10 dias.
O medicamento recebeu em outubro aprovação nos Estados Unidos da FDA (Food and Drug Administration, órgão americano semelhante à Anvisa) para uso como medicamento oficial para o tratamento da Covid-19.
Em novembro, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou suas orientações contínuas sobre os medicamentos contra Covid-19 e desaconselhou o uso do Remdesivir para tratar pacientes hospitalizados, independentemente da gravidade da doença, uma vez que o antiviral não evita mortes, nem o agravamento da doença.