O pedido, feito na terça-feira (2), está em análise pela área técnica da Anvisa. Objetivo do soro é amenizar sintomas da doença nas pessoas já infectadas.
Foto: Amanda Perobelli/Reuters
O Instituto Butantan pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para testar em humanos um soro anti-Covid. Segundo o Butantan, o objetivo do soro é amenizar os sintomas da doença nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar e nem de prevenir a doença.
A autorização permitirá que o soro seja aplicado em pessoas que estão contaminadas pela doença e descobrir qual a dose necessária para obter os efeitos desejados.
Soro anti-Covid:
O processo de fabricação do soro foi iniciado em uma fazenda do Instituto com os animais. A última fase de testes foi feita em janeiro, quando os pesquisadores passaram a testar o vírus ativo da Covid-19.
A pesquisa já teve sucesso na fase de testes em ratos, e, agora, o instituto busca aval para mensurar a eficácia do composto em pacientes com infecção pelo novo coronavírus.
De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, os estudos demonstraram que o soro é seguro e efetivo em dois tipos de estudos animais.
"Os animais que foram tratados tiveram seu pulmão protegido, ou seja, não desenvolveram a forma fatal da infecção pelo coronavírus, mostrando que os resultados de estudos em animais são extremamente promissores e esperamos que a mesma efetividade seja demonstrada agora nesses estudos clínicos que poderão ser autorizados".
O que diz a Anvisa:
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido, feito na terça-feira (2), está em análise pela área técnica. “No entanto, até o momento, não foi apresentado o Dossiê Específico de Ensaio Clinico (DEEC), contendo o protocolo clínico do estudo a ser realizado”, informou.