Adultos infectados pela variante do coronavírus, identificada primeiro no Amazonas, têm 10 vezes mais quantidade de vírus no corpo que adultos infectados pelas outras versões da Covid-19. A maior carga viral se espalha mais rápido no corpo, diz um estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo a pesquisa, ainda em fase preliminar, se a pessoa tem mais carga viral nas áreas superiores, ela expele mais vírus, ou seja, a chance de outra pessoa se infectar é maior.

O estudo analisou 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. A investigação ocorreu em dois períodos: uma no início da pandemia, outra no fim do ano passado e início de 2021. Amostragens de vários muncípios do Amazonas foram incluídas na análise.

A maior carga viral, contudo, não foi encontrada em idosos acima de 59 anos. Para os pesquisadores, uma das justificativas pode ser que o grupo é igualmente vulnerável a todas as linhagens da Covid-19.

Ainda de acordo com a pesquisa, não há relação entre quantidade de vírus no corpo e gravidade da infecção. Além do Amazonas, outros 18 estados já detectaram a nova cepa entre os diagnosticados com coronavírus.