Dimas Covas, diretor do Butantan, avalia a alta taxa de transmissão do vírus e prevê colapso no sistema de saúde em mais cidades do país.
Foto: Kaust/Ivan Viola/Divulgação
Em entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira (26), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que que prevê uma piora da pandemia no país e teme que os casos isolados de cidades do Brasil que enfrentam colapso em seu sistema de saúde, como Manaus, capital amazonense e Araraquara, no interior de São Paulo, se torne uma realidade geral do país.
Segundo Dimas Covas, uma das justificativas para o aumento de casos e internações no país é a velocidade de contaminação pelas novas variantes.
"As novas variantes têm taxa de transmissão maior - pelo menos 30% a 50% mais rápidas - e ainda temos a possibilidade que elas possam ser mais agressivas. Isso têm explicado por que em janeiro e fevereiro estamos batendo recordes. Na minha visão, isso deve piorar um pouco pois, embora estejamos fazendo a vacinação, a velocidade da epidemia é maior” avaliou Dimas Covas.
“Embora a vacinação seja importante, o mais importante agora é controlar a disseminação do vírus e impedir a circulação das variantes, que podem se tornar as dominantes. Se não agirmos rapidamente podemos ser impactados de forma mais negativa do que na primeira onda”, concluiu o diretor.
FONTE: G1