Criminoso é acusado de se aliar a políticos para desviar dinheiro público; o atentado pode ter sido por vingança
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A polícia abriu um inquérito para investigar um atentado contra Carlos Vissechi, ex-secretário de assuntos jurídicos da prefeitura de Arujá, na região metropolitana de São Paulo. Em um laudo recente anexado ao processo, a investigação aponta que a arma usada no crime pertence a um integrante da cúpula da maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O ex-secretário é investigado por receber propina do Anderson Lacerda, conhecido como "gordo" e apontado pela polícia como um dos chefões do primeiro comando da capital.
Entre as acusações envolvendo o chefe da organização criminosa está a de se aliar a políticos para desviar verba dos cofres públicos de Arujá por meio de contratos superfaturados nas áreas de saúde e limpeza urbana.
Segundo a investigação, comparsas de Anderson disseram que o ex-secretário Carlos tentou passá-lo para trás, negociando valores de contratos sem que o chefão do PCC soubesse.
A polícia nunca teve dúvidas de que o atentado foi um aviso e uma demonstração de poder no narcotraficante.