Estudo clínico, envolvendo quase 20 mil voluntários, indicaram que a vacina russa também ofereceu proteção total contra casos graves.
Foto: Oliver Bunic/AFP
A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya para a Covid-19, teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados nesta terça-feira (2) na revista científica "The Lancet". A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.
A análise incluiu dados de 19.866 voluntários, que receberam a primeira e a segunda doses da vacina Sputnik V, ou seu placebo, entre os quais foram confirmados 78 casos de Covid-19.
O estudo apontou que entre os 2.144 idosos com mais de 60 anos que participaram do estudo, a taxa de eficácia foi de 91,8% e, portanto, não diferiu estatisticamente do grupo de 18 a 60 anos.
Nenhum efeito colateral sério foi associado à vacinação, e a maioria dos eventos adversos relatados foram leves – incluindo sintomas semelhantes aos da gripe, dor no local da injeção e fraqueza ou baixa energia.
Se os dados forem confirmados no estudo definitivo, a Sputnik V será uma das três vacinas no mundo com eficácia acima de 90%, ao lado da vacina da Pfizer/BioNtech, com 95%, e do imunizante da Moderna, com eficácia de 94,5%.
Brasil
A Sputnik V ainda não está sendo testada no Brasil, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando um pedido da farmacêutica União Química para que ensaios de fase 3 sejam feitos no país. Isso é importante porque a agência determinou que só vacinas testadas em solo brasileiro podem receber autorização de uso emergencial.