Pesquisa do IPEA revela que desigualdade no país aumentou no 2° trimestre de 2019
De acordo com o documento, o desemprego apresentou redução entre os profissionais mais jovens, entre 2018 e 2019, passando de 26,5% para 25,8%.
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O instituto de pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou nesta quarta-feira (18) o relatório do Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura. De acordo com o documento, o desemprego apresentou redução entre os profissionais mais jovens, entre 2018 e 2019, passando de 26,5% para 25,8%.
A ampliação da ocupação foi a principal responsável pela melhora no desempenho do 2° trimestre deste ano. A desocupação entre trabalhadores com 25 e 39 anos e 40 e 59 anos caiu para 11,1% e 7,2% em 2019, respectivamente. Em 2018, a taca era de 11,5% e 7,5%.
No caso de trabalhadores com mais de 60 anos, a taxa de desocupação não recuou, em comparação ao mesmo período anterior. Ainda que a população dessa faixa etária ter registrado alta de 5,3%, o desemprego subiu de 4,4% para 4,8%.
No estudo divulgado pelo IPEA, a desigualdade no país aumentou. À medida que a renda das famílias mais pobres recuou 1,4% no segundo trimestre de 2019, a parcela mais rica registrou alta salarial de 1,5%. De acordo com o instituto, a explicação para a diferença salarial entre os mais ricos e os mais pobres se dá porque a classe mais baixa sente mais o impacto do aumento da inflação, puxado pelos reajustes de energia elétrica, tarifas de ônibus e medicamentos no período analisado.
O estudo afirma ainda que, nos últimos 12 meses, quase metade dos demitidos na indústria, no comercio e nos serviços, trabalhou por menos de um ano. O percentual na construção civil subiu para 62%. Já a menor parcela de profissionais dispensados é formada por trabalhadores que já estavam há mais de cinco anos na empresa. Na indústria de transformação essa taxa corresponde a 14% e na construção civil está abaixo de 5%.
FONTE: Correio Braziliense