Agência pretende fazer a análise do uso emergencial em até 10 dias. O governo de São Paulo informou que vacina teve eficácia de 78% para casos leves em testes feitos no Brasil.
Foto: Divulgação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta sexta-feira (8) o pedido de uso emergencial da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Após o pedido ser protocolado oficialmente, a Anvisa tem agora um prazo de 10 dias corridos para analisar o processo. Nas primeiras 24 horas, a agência fará uma checagem de documentação. Caso falte alguma informação, o laboratório será notificado e o prazo de 10 dias é suspenso até o envio. A análise, no entanto, seguirá normalmente, enquanto a documentação não chegar.
A CoronaVac teve eficácia de 78% para casos leves na terceira fase de testes com cerca de 13 mil voluntários no Brasil. Para redução de casos graves e moderados, o governo anunciou índice de eficácia de 100%, ou seja, não houve casos graves (incluindo mortes) e moderados entre os vacinados. No entanto, não foi divulgada a taxa de eficácia global, ou seja, não foi informado quantos voluntários que tomaram a vacina foram contaminados pela Covid-19 e nem quantos ficaram doentes após tomarem o placebo.
INÍCIO DA VACINAÇÃO
O governo de São Paulo espera que o uso emergencial seja autorizado pela agência até o dia 25 de janeiro, data estipulada no plano estadual de imunização para início da vacinação de 9 milhões de pessoas dos grupos prioritários.
Caso a vacina seja aprovada, profissionais da saúde, indígenas e quilombolas devem receber as primeiras doses, seguidos por idosos com mais de 60 anos.