Ambas as contaminações são da linhagem B.1.1.7 do vírus, variante que já foi registrada em pelo menos outros 17 países.
Foto: Alissa Eckert, MS; Dan Higgins, MAM/CDC/Handout via Reuters
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou, nesta segunda-feira (4), os dois primeiros casos no Brasil da variante do novo coronavírus identificada inicialmente no Reino Unido.
A confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, vinculado à pasta estadual, após o sequenciamento genético de amostras encaminhadas pelo laboratório privado Dasa no dia 2 de janeiro de 2021.
Uma das pessoas com resultado positivo é uma mulher de 25 anos, residente em São Paulo e que se infectou após contato com viajantes que passaram pela Europa e estiveram no Brasil. Começou a apresentar sintomas no dia 20 de dezembro, com dor de cabeça, garganta, tosse, mal-estar e perda de paladar, com PCR realizado em 22 de dezembro.
O outro é um homem de 34 anos e a equipe de Vigilância Epidemiológica está investigando o histórico do caso, bem como local de moradia e sintomas.
Ambas as contaminações são da linhagem B.1.1.7 do vírus, variante que já foi registrada em pelo menos outros 17 países. Ela tem mutações que afetam a maneira como o vírus se fixa nas células humanas e é 56% mais contagiosa.
Segundo o governo de São Paulo, até o momento, não há comprovação científica de que esta variante inglesa encontrada no Brasil é mais virulenta ou transmissível em comparação a outras previamente identificadas – o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude e fatores demográficos e climáticos, por exemplo.