O número é semelhante ao registrado em dezembro de 2013 (31,1%), momento que antecedeu a mais severa crise hídrica do estado, entre 2014 e 2016, divulgou o site Metro.
Sabesp/Divulgação
A situação do Sistema Cantareira, reservatório responsável por abastecer cerca de 9 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo, não é confortável e liga o sinal de alerta para a questão. Ele está com 31,9% do volume de água disponível no momento. O número é semelhante ao registrado em dezembro de 2013 (31,1%), momento que antecedeu a mais severa crise hídrica do estado, entre 2014 e 2016, divulgou o site Metro.
A porcentagem, que estava em 44,7% em dezembro de 2016, vem diminuindo ano após ano no mês. Atualmente, o reservatório se encontra na Faixa 3 – Alerta de classificação definida pela ANA (Agência Nacional de Águas) e pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo). A categorização divide o Cantareira em cinco partes.
A primeira é quando o volume útil está igual ou superior a 60%, considerado normal, e a quinta e última – chamada faixa especial – ocorre quando a porcentagem é inferior a 20%.A situação liga o sinal de alerta para possível falta de água entre 2021 e 2022 em São Paulo, de acordo com a análise da professora e pesquisadora em recursos hídricos da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Marta Marcondes.
Ela afirma que um dos fatores para o nível baixo do reservatório é a escassez de chuva. “O número é realmente preocupante. As grandes chuvas se iniciaram mais tarde este ano. Teoricamente, elas deviam começar em setembro, mas só começamos a ver na metade de novembro.”Em nota, a Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos em 375 municípios do estado, reforçou que é momento de usar a água de forma consciente e sem desperdícios, como não utilizar mangueiras para lavar carros e ligar a lavadora de roupa três vezes por semana, no máximo.
Além disso, a companhia afirmou que a água acumulada nos outros seis reservatórios do Sistema Integrado (Alto Tiête, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço) pode ser transferidas para o Cantareira. Atualmente, o volume total do sistema é de 43,9%. Em 2013, momento pré-crise, o número era de 45,6%.