Governador afirmou que apresentará plano estadual de imunização na próxima segunda-feira (7). CoronaVac ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Anvisa.
Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (3) que a vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, será aplicada na população paulista em janeiro de 2021.
"Em São Paulo, de forma responsável, seguindo a lei, no próximo mês de janeiro, cumprindo o protocolo com a Anvisa e obedecendo aos princípios de proteção à vida, nós vamos iniciar a imunização dos brasileiros de São Paulo. Não vamos aguardar março", disse Doria.
A CoronaVac está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina contra a covid-19 é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan.
O imunizante é um dos 4 que estão na fase 3 de testes com humanos no país. Além dela, estão na lista as vacinas de Oxford (desenvolvida pela AstraZeneca + Universidade de Oxford), da Pfizer + BioNTech e da Johson (desenvolvida pela Janssen-Cilag).
Crítica ao Ministério da Saúde
Doria criticou o anúncio feito pelo governo federal de que o calendário de vacinação nacional deve começar em março de 2021. A CoronaVac ainda não foi incluída no plano do Ministério da Saúde.
De acordo com o governador, a vacinação em São Paulo será realizada mesmo sem investimento do governo federal. "Na segunda-feira (7) vamos apresentar o programa estadual de imunização completo, com cronograma, com setores que são priorizados, volume de vacinas, logística. Todos os processos serão apresentados."
ANVISA
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quarta-feira (2) que vai aceitar que empresas desenvolvedoras de vacinas contra a Covid-19 solicitem o
uso emergencial no Brasil.
De acordo com a Anvisa, o uso emergencial do produto será liberado apenas o público previamente definido e testado nos estudos. A agência destacou que a autorização não irá substituir o registro sanitário no Brasil, que será exigido para a ampliação do imunizante a toda a população.