Os exames RT-PCR perdem a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021 e estão estocados num armazém do governo federal em Guarulhos.
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O Ministério da Saúde armazena em São Paulo um estoque com 6,86 milhões de testes para a Covid-19 que podem perder validade até janeiro de 2021, aponta reportagem publicada neste domingo (22) pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
De acordo com a publicação, os exames são do tipo RT-PCR e estão estocados em um galpão em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista. Os testes custaram R$ 290 milhões à União, afirma o jornal.
Os dados sobre o prazo de validade dos testes em estoque estão registrados em documentos internos do ministério, com compilação de dados até o último dia 19. Relatórios acessados pelo Estadão indicam que 96% dos 7,15 milhões dos exames encalhados vencem em dezembro e janeiro. O restante, até março. O ministério já pediu ao fabricante a análise para prorrogar a validade dos produtos. A falta de outros componentes para realizar testes, um dos problemas que travam o fluxo de distribuição, porém, deve continuar.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que espera receber, ainda esta semana, estudos de "estabilidade estendida" para os testes estocados, ou seja, estudos que indiquem a viabilidade de prorrogar essa data de vencimento.
Na nota, o ministério também afirmou que os kits "são distribuídos de acordo com as demandas dos estados". Já o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirmou o governo federal foi alertado diversas vezes sobre a falta de materiais para processar as amostras do teste PCR.
FONTE: G1