Apesar do resultado positivo, para o IBGE, setor ainda não mostra trajetória clara de recuperação.
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Apesar do crescimento de 0,8% entre junho e julho de 2019, o maior desde dezembro de 2018, o setor de serviços ainda está 11,8% abaixo do recorde alcançado em maio de 2014 e 1,2% menor que em dezembro do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a queda em relação a dezembro pode ser explicada pelo setor de transportes, que está 2,8% menor que no fim do ano passado. Ainda segundo o gerente, embora serviços prestados às famílias (1,4%), serviços de informação e comunicação (1%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%) e outros serviços (6%) estejam no campo positivo nessa comparação, o setor de transportes é, segundo ele, o responsável por essa perda.
“O transporte de carga, em especial o terrestre, tem uma grande aderência ao setor industrial”, que mostra taxas negativas nos últimos três meses. “Esse resultado é influenciado pela magnitude da queda, além do peso do setor de transportes, que representa 31,25% nos serviços”, afirmou o gerente.
DESEMPENHO POR SETORES
Além do crescimento de 0,8% na comparação com junho, puxado por serviços de informação e comunicação (1,8%), outros serviços (4,6%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,7%), as taxas também ficaram positivas nas demais comparações.
Considerado um indicador de tendência, o índice acumulado em 12 meses, cresceu 0,9% em relação ao mesmo período no ano passado. Porém, isso ainda não mostra trajetória clara de recuperação no setor. O crescimento de 1,1% em maio de 2019 se deve a uma base de comparação baixa nos 12 meses, já que a queda 1,6% em maio de 2018, motivada pela greve dos caminhoneiros, deixa de fazer parte do período analisado.
Como os serviços caíram 0,9% no primeiro semestre de 2018, o crescimento de 0,8% no mesmo período de 2019 se deu em função de uma baixa base de comparação. Já o segundo semestre do ano passado teve crescimento de 0,8%.
Houve um aumento dos serviços em comparação com julho de 2018 (1,8%), com registro de alta em quatro das cinco atividades e em 54,8% dos 166 serviços investigados. O setor de informação e comunicação (3,8%) exerceu contribuição positiva. Os demais avanços vieram de outros serviços (10,2%), serviços prestados às famílias (2,6%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,9%).
FONTE: Agência IBGE Notícias