Um levantamento, realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), que abrange obras que envolvem recursos públicos – da União, do Estado ou recursos próprios – nos 644 municípios fiscalizados (exceto a Capital), apontou que Cajamar teve um gasto de R$ 20 milhões de reais na construção do que seria o Hospital de Cajamar, obra eleitoreira de 2012 que ficou abandonada a partir de 2014.

Os dados, disponíveis por meio da plataforma ‘Painel de Obras Atrasadas ou Paralisadas’, está disponível no link www.tce.sp.gov.br/painel-obras.

Considerada a mais dispendiosa e a quarta no quadro geral da Saúde em todo Estado, a construção do Hospital Municipal em Cajamar foi iniciada na gestão do prefeito cassado, Daniel Ferreira da Fonseca, prevista para ser concluída em junho de 2015, mas nunca foi concluída.

Novo Centro Médico de Especialidades

Após anos de abandono, a atual administração que assumiu a Prefeitura em 2019, realizou um estudo e deu início a construção do primeiro Centro Médico de Especialidades de Cajamar.

As obras deram início em abril de 2020 e o Centro de Especialidades contará com consultórios de reabilitação auditiva, reabilitação física, fisioterapia com piscina, consultórios de especialidades diferenciado/Indiferenciado, laboratório de diagnósticos e análise, centro de referência da mulher, criança e adolescente, espaço de convivência e Conselho Municipal de Saúde e Controle Social.

O local contará também com a instalação da central de ambulância e a implementação do SAMU.

A Secretaria de Saúde que hoje ocupa suas instalações em prédio alugado no distrito do Polvilho será transferido para o novo espaço construído pela atual gestão.

Segundo o prefeito Danilo Joan (PSD), a previsão de conclusão da obra é de 24 meses. Com a construção do novo Centro de Saúde, serão economizados 70 mil reais por mês dos cofres públicos.

"Esqueleto”

A construção do hospital de Cajamar, promessa de campanha eleitoral de 2012, ficou parada e abandonada por aproximadamente quatro anos. A estrutura, apelidada pela população de “esqueleto”, tinha pichações e era usada por usuários de drogas.