Segundo o governador, a data depende dos resultados da fase de testes que está em andamento em cinco estados, mais o Distrito Federal e da aprovação Anvisa.
Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
O governador do estado de São Paulo, João Doria, afirmou na quarta-feira (26), durante coletiva de imprensa, que a vacina chinesa contra o novo coronavírus, a CoronaVac, poderá estar disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de dezembro.
Segundo Doria, isso vai depender de resultados positivos da terceira fase de testes e de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Se tivermos esta fase de testagem bem concluída em outubro, ou até a primeira quinzena de novembro, em dezembro já teremos disponível para a imunização da população através do SUS. Nesta primeira etapa teremos acesso a 45 milhões de doses. Esta aplicação depende da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária” disse Doria.
No entanto, nem toda a população brasileira poderia ser vacinada em dezembro já que a produção ainda seria insuficiente. A expectativa é que inicialmente sejam disponibilizadas 45 milhões de doses, enviadas pela China.
Caso seja aprovada, a vacina passaria a ser produzida no país pelo Instituto Butantan, que tem capacidade atualmente de produzir 120 milhões de doses, o suficiente para vacinar 60 milhões de pessoas (já que esta vacina seria aplicada em duas doses). O Butantan busca duplicar a sua capacidade de produção. Para isso ele precisa de doações de R$ 130 milhões da iniciativa privada. Até o final de julho, o estado arrecadou R$ 96 milhões da iniciativa privada para dobrar essa capacidade de produção.
Para também captar recursos para o projeto, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, se reuniu na manhã de quarta-feira (26), com Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde. A expectativa do estado é conseguir um valor superior a 1 bilhão de reais, dinheiro similar ao destinado à Fiocruz para a fabricar a vacina contra a covid-19 do laboratório AstraZeneca.
A vacina está na fase três de testes, feita em humanos, realizada no Brasil desde julho. Ao todo, os testes com a CoronaVac estão sendo realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e do Distrito Federal. A pesquisa clínica é coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, custeados pelo governo paulista.
A CoronaVac é uma das vacinas contra o novo coronavírus em fase mais adiantada de testes, junto com a que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford.
FONTE: Agência Brasil