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Saúde

19/08/2020 às 17h02 - atualizada em 21/10/2020 às 18h17

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Anvisa libera produção de ventilador pulmonar desenvolvido pela USP
Equipe vai se concentrar na produção de mil unidades para doação a cidades brasileiras com alta demanda do aparelho. O equipamento pode ser produzido em até duas horas e é 15 vezes mais barato.
Anvisa libera produção de ventilador pulmonar desenvolvido pela USP
Foto: Divulgação/Universidade de São Paulo/Governo do Estado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a produção do ventilador pulmonar Inspire, desenvolvido pela Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), após cinco meses do anúncio do projeto e testes com o aparelho.
De acordo com a instituição, o órgão autorizou a fabricação, comercialização e doação dos equipamentos no dia 13 de agosto.

No dia 20 de março, um grupo de aproximadamente 200 pesquisadores da USP, entre engenheiros biomédicos, mecânicos, mecatrônicos, eletrônicos e de produção, se articulou no desenvolvimento do respirador de uso emergencial, que pode ser produzido em até duas horas e é 15 vezes mais barato dos que os aparelhos disponíveis no mercado.

“Conseguir viabilizar um produto inovador do zero, em poucos meses, é um feito notável para os padrões brasileiros. Apesar dos avanços, nós, como nação, temos que melhorar nossos processos de inovação para sermos mais competitivos internacionalmente”, disse o professor Marcelo Zuffo, um dos coordenadores do estudo, cujo objetivo era suprir uma possível demanda do equipamento hospitalar durante a pandemia do coronavírus.

Em abril, o aparelho foi testado em animais com resultados promissores e, em seguida, em humanos. Àquela altura, o "Inspire" foi enviado para a Anvisa, que solicitou mais testes. Em maio, no auge da pandemia, o Ministério Público pediu esclarecimentos ao governo do estado sobre o motivo para não implementar o uso dos respiradores no combate à pandemia do coronavírus.

Em junho, as equipes da USP ainda respondiam a questionamentos da Anvisa, que solicitava o cumprimento a mais exigências técnicas. Paralelamente, os pesquisadores já recebiam encomendas e prometeram enviar 10 unidades ao Instituto do Coração (Incor).

Agora, com a liberação da Anvisa, a equipe pode se concentrar na produção de mais mil unidades junto ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTM-SP) para doação a cidades brasileiras com alta demanda do equipamento.


FONTE: G1

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