Bolsonaro assina medida provisória que libera R$ 1,9 bilhão para produção de vacina contra a Covid-19
O crédito extraordinário deve bancara confecção de 100 milhões de doses da chamada 'vacina de Oxford'. Texto já entra em vigor e segue para análise do Congresso.
Foto: John Cairns/Universidade de Oxford/AP
O presidente Jair Bolsonaro assinou na quinta-feira (6), uma medida provisória que libera R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford.
A abertura desse crédito extraordinário segue agora para análise do Congresso Nacional, que terá até 120 dias para aprová-lo. Por se tratar de uma medida provisória, o dinheiro fica liberado assim que o texto for publicado no "Diário Oficial da União".
Como a vacina elaborada pela Universidade de Oxford ainda está em fase de testes, o Brasil assume parte dos riscos tecnológicos relativos ao desenvolvimento do produto.
A expectativa do governo é que, caso a vacina em estudo seja eficaz, uma campanha de vacinação contra a Covid-19 possa ser realizada em 2021.
Para o governo, o risco relacionado à eficácia da vacina é necessário devido à “urgência pela busca de uma solução efetiva para a manutenção da saúde pública e para a retomada” das atividades econômicas.
A transferência de tecnologia e formulação, o envase e o controle de qualidade será feito por contrato entre Fiocruz e a empresa farmacêutica AstraZeneca – que, em parceria com a Oxford, realiza as pesquisas.
Na cerimônia, Bolsonaro afirmou que a vacina pode ser "uma realidade" em dezembro ou janeiro – e que, semanas depois, o "problema estará vencido".
"Talvez dezembro, janeiro, exista a possibilidade da vacina, e daí esse problema estará vencido, poucas semanas depois. O que é mais importante é que junto com esta vacina, diferente daquela outra que um governador acertou com outro país, venha a tecnologia para nós. Temos como dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas, apesar daqueles que teimam em dizer o contrário", declarou.
De acordo com o Ministério da Saúde, o valor será gasto desta forma:
• R$ 1,3 bilhão para pagamentos à AstraZeneca, previstos no contrato de Encomenda Tecnológica
• R$ 522,1 milhões para produzir a vacina na Fiocruz/Bio-Manguinhos
• R$ 95,6 milhões para absorção da tecnologia pela Fiocruz
• A pesquisa de vacina da Universidade de Oxford é considerada uma das mais promissoras até o momento.
FONTE: G1