O número de queimadas no país registou um aumento de 84%; Presidente informa que a Força Nacional deve enviar homens para a região.
Foto: Divulgação/Agência Brasil
Nesta quarta-feira (21), o Presidente Jair Bolsonaro classificou como criminosa a série de queimadas pelo país e, em sua fala, deu a entender que ONGs (Organizações não Governamentais) de proteção ao meio ambiente podem estar envolvidas nos incêndios ilegais.
Bolsonaro informou que cortou recursos que antes eram repassados para as entidades da sociedade civil e que o objetivo talvez seja prejudicar o seu mandato.
“Pode estar havendo, não estou afirmando, ação criminosa desses ‘ongueiros’ para exatamente chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil. Essa é a guerra que nós enfrentamos. Vamos fazer o possível e o impossível para conter esse incêndio criminoso”, afirmou.
O presidente afirmou ainda que não está insensível aos ataques e ressaltou que tem havido uma guerra do mundo contra o Brasil por causa da postura adotada pela atual gestão, que tem feito críticas públicas às nações europeias. A suspensão de repasses por parte da Alemanha e Noruega para o Fundo Amazônia após a divulgação das taxas de desmatamento da floresta também poderiam ser motivos.
“O crime existe. E nós temos de fazer o possível para que esse crime não aumente, mas nós tiramos dinheiros de ONGs. Dos repasses de fora, 40% ia para ONGs. Não tem mais. Acabamos também com o repasse de dinheiro público, de forma que esse pessoal está sentindo a falta do dinheiro”, afirmou.
Segundo o presidente, a partir desta quinta-feira (22), Contingentes das Forças Armadas devem intensificar o monitoramento nas áreas críticas de incêndios florestais. Bolsonaro também informa que que tem tratado do tema com os ministros da Defesa, do Meio Ambiente e da Justiça.
FOCOS DE QUEIMADA
Dados do Programa de Monitoramento de Queimadas por Satélite, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE) apontam que foram registrados 74155 focos de incêndios entre os dias 01/01 até 20/08 no Brasil. Em comparação ao mesmo período de 2018, este número de focos de fogo já registra um aumento de 84%.
FONTE: Agência Brasil