Governo de SP anuncia parceria para a produção de vacina contra o novo coronavírus
Vacina ainda está em fase de testes e será desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com laboratório chinês. Se apresentar resultado positivo nos testes, vacina poderá ser produzida no país e disponibilizada aos brasileiros.
Foto: Reprodução/Internet
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (11), que o Instituto Butatan será parceiro do laboratório chinês Sinovac Biotech para a produção de uma vacina contra o coronavírus que está em fase final de testes.
"Hoje é um dia histórico para São Paulo e para o Brasil, assim como para a ciência mundial. O Instituto Butantã fechou acordo de tecnologia com a gigante farmacêutica Sinovac Biotec para a produção da vacina contra o coronavírus. (...) os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021, ou seja, até junho do próximo ano. E com essa vacina nós poderemos imunizar milhões de brasileiros", disse Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta quinta (11).
Nomeada de CoronaVac, a vacina está em fase adiantada de testes, e já está na terceira etapa, chamada clínica, de testagem em humanos. “Um coronavírus é introduzido em uma célula do tipo Vero. Essa célula é cultivada em laboratório. O vírus se multiplica. No final, o vírus é inativado e incorporado na vacina, que será aplicado na população”, explicou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
De acordo com o diretor do Instituto, há 136 vacinas contra o novo coronavírus em desenvolvimento no mundo, mas apenas dez delas atingiram a etapa de estudos clínicos. Três estão em fases ainda mais adiantadas de testes e a CoronaVac é uma delas.
Fase clínica
O processo para o desenvolvimento de uma vacina é feito em etapas. A primeira delas é a fase laboratorial, onde é feito a avaliação de qual a melhor composição para a vacina. A segunda etapa, chamada de pré-clínica, é a de testes em animais. A terceira etapa é a chamada fase clínica, de testes em humanos.
Essa terceira etapa é dividida em três fases. As fases 1 (inicial, que avalia se a vacina é segura) e 2 (que conta com uma maior quantidade de voluntários e avalia a eficácia do produto) já foram realizadas na China, com sucesso. Agora a vacina está entrando na fase 3, que será realizada no Brasil, com 9 mil voluntários, de todo o país, iniciando por São Paulo.
Caso os testes feitos com esses 9 mil voluntários, na fase 3, se mostrem positivos, a vacina entrará na etapa de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e então começará a ser produzida em larga escala.
Segundo o diretor, Dimas Covas, as pessoas que fazem parte dos grupos de maior risco, como idosos e/ou com comorbidades, ou seja, doenças pré-existentes, serão as primeiras a receber a vacina no Brasil.
FONTE: Agência Brasil